sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Descoberta a neurologia dos toques carinhosos


Descoberta a neurologia dos toques carinhosos

 Neurologistas suecos publicaram, na revista Nature Neuroscience, uma descoberta que ajuda a perceber porque é que os bebés se sentem seguros com os afagos da mãe e porque é que os adultos reagem com prazer a um carinho ou abraço: existe um conjunto de fibras nervosas hipersensíveis na pele, que é responsável pelo envio de informação ao cérebro quando somos tocados com carinho, algo que, segundo a equipa do Hospital Universitário de Sahlgrenska, na Suécia, não funciona com toques bruscos ou violentos.
Verificou-se, assim, que quando alguém recebe uma festa no braço, por exemplo, um conjunto de fibras nervosas mais grossas, existentes na pele, reage a esse contacto, enviando mensagens-relâmpago para uma zona específica do córtex cerebral. Ao mesmo tempo, um sistema de fibras nervosas mais finas envia informação para outra zona do córtex que reconhece a mensagem emocional transmitida pelo toque na pele, processando essa informação cruzando-a com a experiência física do individuo, o que resulta numa reacção de conforto e prazer como reposta ao carinho recebido.

Este estudo ajuda também a interpretar a necessidade de contacto físico que os bebés sentem em relação às mães, algo que se passa, no mesmo modo, com outros animais como já foi verificado por estudos realizados com crias de macacos. Porém, as conclusões retiradas do estudo não foram fáceis, uma vez que a experiência táctil dos indivíduos, ao nível da pele, estimula com mais facilidade as fibras nervosas mais grossas, fazendo com que a massagem emocional do afago mais carinhoso seja menos perceptível.
 Assim, os resultados só foram obtidos com êxito através da participação no estudo de uma mulher que sofria de uma doença do sistema nervoso que destruía a sensibilidade às sensações tácteis mais fortes, a qual, apesar de não sentir o peso dos cobertores quando estava deitada na cama, sentia, mesmo sem ver o que lhe acontecia, uma sensação de conforto e de carinho, quando o seu braço era afagado com uma escova muito fina. 
  

  Ana Machado, Público, 2007-07-31

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Posição do corpo influencia autoconfiança


Posição do corpo influencia autoconfiança

O hábito, às vezes, faz o monge. É o que parece indicar um estudo liderado pela psicóloga Amy Cuddy, professora da Harvard Business School, que conclui que a posição do corpo tem influência na atitude de vencedor ou perdedor.

Pediu-se a 42 pessoas que não sabiam a temática da pesquisa, que adotassem dois tipos de posições, expansivas ou contraídas. Depois, mediram-se os seus valores de testosterona (associada ao impulso da luta) e de cortisol (associados ao stresse).

Concluiu-se que quem adotava uma posição de (poderoso) tinha níveis mais elevados de testosterona- o perfil hormonal do macho alfa, líder do bando – e vice-versa.

A influência no corportamento também foi analisada – os “poderosos”- arriscavam mais que os outros. Por isso, já sabe: mesmo que não se sinta poderoso, endireite-se e aparente-o.
Em breve, vai sentir-se mais forte e passar essa imagem.

In: Revista - Expresso de 13 de Outubro de 2012


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Elogios ajudam a obter melhor desempenho


Elogios ajudam a obter melhor desempenho

Os elogios podem ajudar à obtenção de um melhor desempenho, quer seja na escola, no trabalho ou durante um processo de reabilitação.  (...)
Um estudo, realizado por investigadores do National Institute for Physiological Sciences do Japão e coordenado por Norihiro Sadato, sugere que os indivíduos tendem a produzir trabalhos com maior qualidade quando recebem elogios, pelo que uma avaliação positiva poderá ajudar, por exemplo, a melhorar o desempenho dos alunos em ambiente de sala de aula.

Segundo os investigadores, quando ouvimos comentários agradáveis acerca de uma tarefa que efetuámos, o nosso cérebro recebe uma estimulação idêntica à que é recebida quando recebemos dinheiro, sendo que a satisfação obtida é semelhante.

 "Para o cérebro, receber um elogio é uma recompensa tão grande a nível social como receber dinheiro", explica Sadato.

 In Boas Notícias de segunda-feira, 12 de Novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cientistas gravam 700 terabits num grama de ADN


Cientistas gravam 700 terabits num grama de ADN

As 'pen drive', os discos rígidos e talvez até os tradicionais servidores podem ter os dias contados. Um bioengenheiro e um geneticista do Instituto Wyss, ligado à Harvard Medical School (EUA), conseguiram armazenar 5.5 petabits (mais de 700 terabits) de dados num único grama de ADN.

A utilização de ADN para armazenar dados não é uma novidade - afinal, é no ADN que se encontra toda a informação genética.  Mas,  com esta  nova  técnica, a  equipa de  Church e Kosuri  conseguiu aumentar 1.000 vezes a capacidade de armazenamento dos filamentos, comparando com experiências semelhantes feitas anteriormente.


Desta vez, os investigadores conseguiram registar  70 mil milhões de cópias ( com textos, imagens e códigos HTML) do novo livro de George Church - "Regenesis: How Synthetic Biology Will Reinvent Nature and Ourselves in DNA" - num único grama de ADN.


Revolução do armazenamento digital 


 Segundo a equipa, em teoria, quatro gramas de ADN seriam capazes de armazenar toda a informação digital criada pela humanidade ao longo de um ano.

Os investigadores salientam ainda que esta técnica tem a vantagem de preservar a informação durante mais tempo já que os dados gravados em ADN podem ser guardados, sem serem corrompidos, durante cerca de 3.5 mil milhões de anos. Além disso, o ADN tem como base um código universal que deverá ser facilmente interpretado por gerações futuras.

 in Boas Notícias de  quarta-feira, 07 de Novembro de 2012