sábado, 15 de dezembro de 2012

O papel do pai e o desenvolvimento socio emocional da criança


O papel do pai e o desenvolvimento sócio emocional da criança

Estudos recentes feitos por investigadores do ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada) concluíram que a “presença do pai na vida da criança tem um papel fundamental para o seu desenvolvimento sócio emocional a vários níveis. “
Para este estudo, a investigadora adquiriu 81 crianças, com idades entre os oito e os doze anos, das quais 51 têm um pai presente e 30 têm um pai ausente. Para medir o desenvolvimento da sua auto estima, utilizou o método de Susan Harter, um instrumento científico utilizado para este fim nas crianças, através de perguntas que têm uma escala de autoavaliação
O método diz respeito a vários domínios, nomeadamente a competência escolar, que mede o quão competente a criança se sente, a aceitação escolar, que mede o quão popular ou socialmente aceite a criança se autoavalia, entre outros aspetos
“Depois de analisar todas as respostas nos dois grupos de crianças, concluí que as crianças com pai presente têm os seus níveis de autoestima bastante superiores àquelas que não vivem com o pai”´- disse á agência Lusa Inês Rito.

Melhora a qualidade da relação

Um outro estudo feito na Unidade de Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação do ISPA, conclui de forma semelhante, que “quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e educação da criança melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos”.
Segundo este estudo que consistiu em entrevistas a 44 díades mãe/criança e pai/criança, tendo as crianças, em média, 31,91 meses, sendo 23 do sexo feminino e 21 do sexo masculino, com mães e pais a trabalharem a tempo inteiro. Concluiu-se que: “Apesar de hoje em dia, ser quase sempre a mãe a realizar as tarefas domésticas, a ir ás reuniões da escola ou a ficar em casa quando os filhos estão doentes, o pai participa de forma igualitária nas atividades lúdicas da criança”, pode ler-se nas conclusões da investigação.

in www.cienciahoje.pt   19/03/2009

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Fumo degenera o cérebro, diz estudo britânico


Fumo degenera o cérebro 
O tabagismo leva à degeneração do cérebro, prejudicando a memória, o aprendizado e o raciocínio, segundo pesquisadores do King’s College de Londres, que realizaram um estudo com 8,8 mil pessoas acima de 50 anos. Os efeitos negativos no cérebro também foram percebidos naqueles com pressão alta ou sobrepeso, mas numa proporção menor que nos fumantes.
Publicado no periódico “Age and Ageing”, o estudo investigou a relação entre doenças cardiovasculares e o funcionamento do cérebro. Foram levadas em conta informações sobre o estilo de vida e aplicados testes cognitivos nos pacientes, repetidos novamente após quatro e oito anos. Os cientistas anotaram informações como tabagismo, pressão arterial, níveis de colesterol e Índice de Massa Corporal (IMC), assim como o Escore de Risco de Framingham, análise que determina a probabilidade de um indivíduo desenvolver doença cardiovascular ou derrame em um período de dez anos.
Estilo de vida e capacidade cerebral
Os resultados mostraram que o risco de um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral foi “significativamente associado ao declínio cognitivo”, ou seja, aqueles com maior risco tinham maior redução da capacidade cerebral. Os fumantes tiveram os piores resultados nos testes. Já os pacientes com alto IMC estavam relacionados com menor desempenho na memória e os com pressão alta com menor desempenho cognitivo e memória.
— Foram identificados fatores de risco que podem ser associados ao declínio cognitivo acelerado, sendo todos eles modificáveis — explicou o chefe do estudo, Alex Dregan. — Precisamos chamar a atenção para a necessidade de mudanças no estilo de vida devido ao risco de declínio cognitivo.
Ele ainda levantou outra hipótese para a perda cognitiva dos fumantes:
— Uma possibilidade é que o fumo leve a doenças no pulmão, que também se relacionam com o declínio na memória — avaliou Dregan.
Os pesquisadores ainda não podem afirmar se a queda precoce na função cerebral poderia levar a condições como a demência.
— Outras pesquisas vêm relacionando o fumo e a pressão alta com um maior risco de perda cognitiva e demência, e este estudo traz maior peso a estas evidências — comentou Simon Ridley, do Centro de Pesquisa de Alzheimer do Reino Unido. — O declínio cognitivo com a idade pode evoluir para a demência, portanto, desvendar os fatores que estão ligados a este declínio pode ser crucial para encontrar maneiras de prevenir a doença.
Os participantes realizaram dois testes de desempenho cognitivo, os resultados foram combinados com um terceiro teste, sobre o índice cognitivo geral.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Zonas do Cérebro com anormalidade devido aos videojogos


Zonas do Cérebro com anormalidade devido aos videojogos

Susan Greenfield, cientista da Universidade de Oxford veio a Portugal no dia 9 de Outubro e deu uma palestra no Fórum Gulbenkian de Saúde onde falou com a revista “ SÁBADO “. 
Susan sabe que são polémicas as suas criticas às novas ferramentas informáticas e entre várias afirmações diz que a má utilização das redes sociais e da internet pode ser prejudicial ao cérebro. No entanto diz que os computadores não são maus para  o cérebro necessariamente, pois o cérebro humano adapta-se ao ambiente que o rodeia e  isso faz-nos uma espécie tão bem sucedida.
Salienta que nos últimos anos a mente humana esteve sujeita a novos estímulos com as tecnologias informáticas e que esta área deverá ser melhor controlada. Para melhor explicar esta situação, a cientista declara que alguns sites deviriam ser restritos pois influenciam muito a forma como as crianças e os adolescentes se relacionam uns com os outros, criando graves problemas de identidade. Também os vídeojogos  são considerados altamente viciantes e podem por isso gerar distúrbios de atenção e de agressividade.
Estudos mais recentes mostram mesmo que já há alterações físicas no cérebro como anormalidades na libertação de dopamina ( a molécula produzida no cérebro responsável pelas sensações de prazer).
Felizmente, numa tentativa de controlar a situação foram já criados alguns programas de computador que, por exemplo, desligam o computador a horas especificas quando os próprios utilizadores não resistem á vontade de navegar.
S.Greenfield pensa que a nossa sociedade tem dificuldade em por limites a si mesmo o que leva a graves consequências.
in Revista Sábado

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cientistas descobrem gene da felicidade feminina


Cientistas descobrem gene da felicidade feminina

   Os cientistas acreditam ter descoberto o gene que faz as mulheres felizes - ou, pelo menos, um gene que dá uma contribuição significativa para a felicidade dos elementos do género feminino. De acordo com a equipa de investigadores norte-americanos, o achado poderá explicar por que motivo as mulheres tendem a ser mais felizes que os homens.
  "Este é o primeiro gene de felicidade das mulheres", afirma o coordenador da investigação e principal autor do estudo, Henian Chen, em comunicado. "Fiquei surpreendido com o resultado porque, normalmente, a baixa atividade deste gene está associada a resultados negativos como alcoolismo, agressividade e comportamento anti-social", acrescenta Chen.
   De acordo com o investigador, este gene costuma ser até denominado "gene lutador" por alguns cientistas, em especial quando presente nos homens. Porém, a nova investigação demonstrou que, pelo menos para as mulheres, "este gene tem um lado mais brilhante".

In Boas Notícias, Segunda-feira, 03 de Setembro de 2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

Boas noites de sono melhoram a memória


Boas noites de sono melhoram a memória


Uma boa noite de sono é indispensável para ajudar os mais novos a aprender novas palavras e a desenvolver a memória. A conclusão é de um estudo recente de duas universidades britânicas, que constatou que até as crianças com mais facilidades de aprendizagem se lembram melhor dos novos vocábulos 
quando têm oportunidade de "dormir sobre o assunto".

O sono desencadeia uma melhoria na memória, um facto que poderá vir a ser útil para ajudar os professores a combater problemas como o autismo ou a dislexia. Embora se tenha acreditado durante muito tempo que a facilidade de aprendizagem das crianças se deve ao facto de ainda estarem a desenvolver a linguagem, este novo estudo defende que não é aí que reside o segredo, mas sim no descanso.

(…) Quando os mais pequenos aprendem novas palavras, por exemplo, durante o pequeno-almoço, tendem a esquecê-las umas horas mais tarde. Porém, depois de um intervalo de 12 horas - com uma boa noite de sono - lembram-se de muito mais do que aprenderam.

Em comunicado, Anna Weighall, do departamento de Psicologia da universidade de Sheffield Hallam, afirmou que estes são "resultados verdadeiramente entusiasmantes, que abrem uma nova dimensão na investigação acerca do desenvolvimento da linguagem".

"A investigação que desenvolvemos prova que quando aprendemos uma lista de palavras e somos questionados sobre ela depois de dormir nos lembramos de muito mais do que se nos fizerem perguntas no dia da aprendizagem. A tendência é pensar que iríamos esquecer, mas o sono protege o conhecimento e lembramo-nos melhor no dia seguinte", conclui Weighall.

in Boas Notícias, Quarta-feira, 21 de Novembro de 2012

"Dicionário cerebral" descodificado


"Dicionário cerebral" descodificado

Cientistas da Universidade de Carnegie Mellon conseguiram determinar qual o processo de organização cerebral para a representação de substantivos, o que possibilita o desenvolvimento de novas abordagens no tratamento de doenças como o autismo. Jaime Cardoso, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, integra a equipa de investigação.

De acordo com Marcel Just, diretor do Center for Cognitive Brain Imaging, "não é apenas uma ordem alfabética ou [segundo] cores e tamanhos" que condicionam a codificação cerebral dos diversos substantivos. Ao invés, o cérebro "fá-lo através de três caraterísticas básicas", associadas aos seguintes fundamentos: a relação física entre o indivíduo e o objeto (como o segura, por exemplo); a associação do objeto ao ato de comer; o papel que o objeto tem na noção de abrigo.

O estudo foi realizado com base na utilização combinada de imagens cerebrais e técnicas de aprendizagem mecânica, uma abordagem que permitiu identificar que pensamentos eram estimulados por determinadas palavras isoladas, adianta o portal CiênciaHoje.pt.

Os resultados da investigação mostram que, entre os participantes, o substantivo "apartamento", por exemplo, provocou uma elevada reação nas cinco zonas cerebrais que codificam as palavras relacionadas com a ideia de abrigo, segurança.

Segundo Marcel Just, citado no portal CiênciaHoje.pt, "nós ensinamos a mente, mas estamos a moldar o cérebro, e agora podemos testar o cérebro sobre o quão bem aprendeu um conceito". 

In Boas Notícias, Segunda-feira, 22 de Março de 2010